Vou chamá-la Alice. Desde o primeiro momento, Alice me chamou atenção. Ela não é comum. Ela é delicada, e muito indelicada. Ela é sensível, e muito sensível. Ela faz caretas. Eu só correspondo. Ela faz birra. Eu só ignoro. Ela não presta atenção. Eu faço ela prestar. No fundo, ela deve ser incompreendida ou paparicada demais. Não acho que psicólogos curem feridas do passado, nem que amor compense essa falta de atenção. Mas se algo disso ajuda, ela precisa de muito.
Meus olhos fugiam do dela, 'Você é uma linda princesa pequena sereia'. 'E você parece a Alice, Alice no País das Maravilhas'. Devia ter-lhe-a dito. Eu não cumpri minha promessa.
Perto dela eu vejo só suas traquinagens, sua indelicadeza sutil. De longe, observando-a, ela não é só isso. Ela é uma incógnita.
Ela ganhou uma amiga. Eu ganhei um abraço, e um desafio.
- Se eu dançar, você dança.
- Ah, sem chance.
- Nossa, você vai me fazer pagar esse mico?
- Tá, bom, eu tento.
- Me dá sua mão.
- Ah, não.
- Tá bem, então.
- Ah, *abraça minha mão*.
Sabe, ela me intriga. Mais uma vez: ela ganhou uma amiga. Alice, você tem uma amiga.
Religião é uma coisa inexplicável, mesmo. Não sei se é intuição, se é ingenuidade, se é questão de costumes ou que seja. É fé. É acreditar sem ter certeza de nada, sem que ao menos faça sentido. Não há necessidade de entender, só acreditar.
O livro mais vendido do mundo, engraçado não? Um best-seller chamado Bíblia, que nada mais é que a reunião de muitos, muitos livros. Contam histórias, histórias reais (?).
Sigo minha religião, mas nem sei se acredito sinceramente em seus fundamentos. Mas me comove como as outras pessoas se emocionam, se identificam, tem fé. Não me ligo a fundamentos, no fundo, eu acredito. Só tenho minhas dúvidas, mas é uma força maior.
Teria muito mais a dizer da religião. O quanto elas também enganam, o quanto elas também são ruins, mas isso nunca leva a nada. Não mudaria nada.
Chega disso.
Gosh, só agora vi quantos pedidos me surgiram no último mês. Declarações, namoros, casamento. O amor é bobo, embora alguns eu tenha levado à sério, por consideração. Com pé no chão, lógico.
Buzinas, assobios, 'olás', até aí nada demais. Mas o melhor é a declaração.
"Ei, você aí! Você mesmo! Eu te amo! Te amo muito!" - nada como um ajudante de caminhoneiro pra subir com a auto-estima. Graças a deus, eu nunca vi na vida. Senão, me preocuparia.
Mas nada como algo sincero e mal intencionado. Nas linhas e nas entrelinhas. "Tá ficando velha, assim a gente pode até namorar". Ah, isso mexe comigo.
Ou um doce pedido de casamento. "Então casa comigo *-*".
- Do you?
- Oh, yes, I do.
Pena que o amor é bobo. "O amor pode tudo." Não sei se pode. Se pudesse, o mundo seria mais pacífico, mais peace and love. Caramba, eu não acredito no amor. Não tanto quanto deveria crer que meu príncipe encantado viesse dum cavalo branco me resgatar, cavalgaríamos por um campo florido dormiríamos sob a sombra das árvores diante uma lua cheia e acordaríamos com o sol em nossos rostos, a brisa em meus cabelos e o céu azul. Não acredito em amor à la contos de fada. Sou muito mais um conto dos Irmãos Grimm, um legítimo.
Wow, I don't believe in love, I'd deserve it as I'll mind accept it. Not yet. Love don't deserve to me yet.
Ah, já ia me esquecendo. Diz a Bíblia Sagrada algo assim: a mulher deve se submeter ao homem assim como Jesus se submeteu a igreja. Hm, que pena.
Caro Sr Calligaris,
Não encontrei antônimo melhor pra "saudável". Doente não era o suficiente. Sedentário sounds good. Ah, foi a coisa mais romântica que já ouvi.
- Hoje a gente pode exagerar, porque é despedida, ok? Vamos ter que começar um regime rigoroso aqui, seus exames deram colesterol lá no alto! Eu ficaria até sem comer por você.
- Como se adiantasse algo.
- Você não vê o que pode acontecer com você? - it means "Você não vê que eu não sobreviveria sem você?" em minha concepção.
Uma redação sobre Direitos Humanos hoje, que no meu ponto de vista, não foi lá um de meus melhores, satisfez o insatisfatível, se é que isso existe. Eu nunca me canso de criticar. É simplesmente mas forte que eu. Sigo não entendendo a guerra e colocando a culpa na falta de comunicação e falta de paciência e porque não, de bom senso de governantes, do povo e de tudo. Pra mim, sempre falta compreensão.
Compreensão, me leva a aula de história. E governantes me levam a Adolf. E ambos me levam a Quarta-Feira, 20 de Agosto de 2009, onde uma sábia(?); acho que posso usar dessa palavra; uma sábia estudante que nunca compreendeu o por quê de Israel. Por que perseguir os judeus? Por que não os Japoneses, ou por que não os brasileiros? Eis a resposta: Israel estava rica. Alemanha, destruída pela 1ª Grande Guerra, mas nunca fragilizados intelectualmente o suficiente, percebe o interesse de Israel em conquistar terras germânicas. Adolf então joga toda a nação contra os inconvenientes judeus. O que ouve na história nem me importa muito. O que me chocou foi o desespero pela compreensão de POR QUÊ judeus. A busca por uma resposta. "Todos os dias, o tempo que possível na biblioteca municipal, com livros e mais livros marcados pela cruz suástica. Deviam achar que eu era uma nazista. Mas consegui minha resposta." Hoje, essa estudante, é minha professora que tem sua própria versão da história. Admiro isso.
Também consegui minha resposta. Consegui minha lição.
Quanto a Adolf, todos se referem a ele como o mais sábio. O considero um fraco, um covarde, suicida, tsctsc. Talvez o que eu sinta é vergonha de admitir o quanto ele era inteligente. Ele era. Não o bastante, para mim. Ele não morreu. Ele acabou com sua vida. Eis um herói de toda uma nação. Eu não sou patriota, não MESMO. Nem gosto de heróis. Não quando o herói é um mentiroso. He is just a fucking lier. Talvez um dia me arrependa e assuma o quanto ele foi inteligente. Talvez.
Eu: misturo inglês com português durante meus textos. Gosto dessa mistura. I really like it.
Ah, sou respeitável, sou verde-água, sou papel de um bom e velho livro, meus pensamentos são como arame (moldáveis), sou uma lupa (função: ajudar os outros a enxergarem o que não podem enxergar). Aula de artes reflectiva hoje, medinho.
Não há "eu te amo" que me dê mais conforto e segurança. Não há "eu te amo" mais espontâneo e sincero. Não há "eu te amo" que me faça sorrir feito boba, a não ser o seu.
Um amor verdadeiro faz tão bem. Se precisasse escolher uma cor, lhe diria branco. Me traz paz e tudo o que a cor branca poderia me propor. E por incrível que pareça: não me gosta o branco. É contrário às minhas preferências. Mas sim, branco.
'Não precisa mudar, vou me adaptar ao seu jeito, teu costumes, teus defeitos, teu ciúmes, tuas caras, pra que mudá-las? Não precisa mudar, vou saber fazer o seu jogo, deixar tudo do seu gosto, sem deixar nenhuma mágoa, sem cobrar nada. Se eu sei que no final fica tudo bem ...'
Brega. Brega!
Ultimamente ando perdendo minhas frescuras, até então, eternas frescuras. Hoje, pela primeira vez na vida tomei café com leite, juro. Até então, só café ou só leite. Meu lado físico se espelha no meu interior. Eles estão se refletindo. É que ultimamente, tenho misturado muito as coisas.
Qual afinal é o significado de uma amizade? Acho que tem coisas que simplesmente não tem explicação. Não tem como definir. Vocês estão juntos porque querem estar. Não é uma obrigatoriedade. Ninguém vive sozinho.
Para um bom conselho, um abraço necessário, um ombro pra chorar, uma voz pra cantar, um sorriso lindo pra compartilhar, as mais lindas histórias pra contar.
Uma verdadeira amizade resiste ao tempo, as dificuldades, as diferenças. Uma verdadeira amizade vem e não vai.
Já disse várias vezes que tenho medo da palavra 'pra sempre'. Mas me arrisco a dizer: uma verdadeira amizade é pra sempre.
Ao contrário de paixão, não é passageiro. Ao contrário de laços familiares, você é amigo por escolha própria.
Falei aqui tanta coisa que todo mundo fala. Queria que não parecesse tão clichê, mas se a amizade é tão clichê assim, que seja. Eu te amo minha melhor amiga, ♥
Joguei fora lembranças* de nós dois, reviver você não me faz bem. ♪
Me senti forte. Ainda mais depois de conversar com uma certa melhor amiga e ver que tudo tem conserto, que nada é por acaso e que, às vezes, mudanças vem para o bem.
Não digo que não errei. Digo que quanto mais errei, mais aprendi. Quanto mais sofri, mais amei.
Hoje tive o tipo de conversa em que nenhuma filha gosta de ter com seu pai. Pelo menos, não essa filha. Esse tipo de conversa me deixa fragilizada pro resto do dia, quando não modifica toda minha forma de pensar, toda uma linha de pensamentos.
"Eu morreria dez vezes por você, mas eu não posso, então eu só quero que você saiba que eu vou te proteger o quanto posso, mas você terá que aprender a viver sozinha. Sua mãe e eu não viveremos pra sempre, infelizmente, é verdade."
Ah, isso dói. Ser seria crueldade, já de não ser, também me queixo.
"Estude".
"Eu estudo pai, o quanto posso.", sem palavras, respondo em pensamento, no máximo com um olhar.
"Ame. Alguém direito. Alguém correto. Alguém que te ame. Não há necessidade de dinheiro. Só de respeito."
"Assim espero pai.", abaixo a cabeça, respondendo mais uma vez sem responder.
"Morreria dez vezes por você, mas não posso".
"Eu te amo". Devia ter-lhe dito. Não o disse. Mais uma vez, abaixei a cabeça. A única resposta foi uma lágrima que escorreu. E ele não viu. "Eu também morreria dez vezes por você", deveria ter-lhe dito. Mais uma vez, não o disse.
Ele deve saber que o amo. Eu espero que saiba, profundamente. Não o digo, mas eu sinto.
Simples: não me comunico muito bem com meu pai, não como deveria. Basicamente só falamos a mesma língua falando de futebol. Eu o amo. Muito.