Segunda-feira, 25 de Julho de 2011

... dos insones e sonâmbulos

− Uma pena.

− Que é?

− Arrependimento não mata.

− O que esperava?

− Não fazer de tudo metáfora, ironia, plágio, gracejo ou metalinguagem.

− Nem literatura.

− Nem veracidade.

− Nem arrependimento.

− Nem anáfora. Apenas cale-se.

− Cale-se e vá dormir.

 

Vozes conversando. São muitas. Mais confissões de meia noite. Umas vagamente longe das outras e mais próximas do que imaginam. Sem mais figuras de linguagem. Vou dormir. Com a mesma definição de dormir de muitos.

 

It seems like once again I've had to greet you with goodbye.

aos ouvidos: 505

por Dani Takase às 04:05
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Sábado, 23 de Julho de 2011

... de amores e infortúnios.

Tarde, nem tão tarde assim.

Missões de meia noite: desacreditar no amor. E convencer a tudo e a todos que amar não é remédio pra nada. Nem cura. Nem doença. Agarrar a tudo com curtos braços. Eram muitas farpas para alguém não se machucar.

São vários aprendizados numa noite. Um único consenso: "amor é uma droga, não?".

Difamar o amor por aí não é algo de que possa me orgulhar, mas faço com prazer e receio. Mas ele fez isso sozinho. Primeiro erro é do coração. Alguém de pequenos olhos puxados a quem eu chamo de 'eu mesma' acaba de fazer uma ressalva. Primeiro erro é estar no cérebro, e não no coração. Racionalizou-se. Sim, o amor tem sua lógica.

Segundo erro: estar no cérebro e ser totalmente ilógico e irracional.

Qual o problema de alguns arranhões? Aquela história de que rosas tem espinhos. Rosas nem são tão bonitas assim.

Tarde, já tão tarde assim, quase cedo.

Missão de amanhecer: convencer-me de que o amor acordou com o sol.

TEXTO MUITO VULNERÁVEL A ALTERAÇÕES EM BREVE. 


por Dani Takase às 07:03
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Segunda-feira, 18 de Julho de 2011

... del tiempo que se escurre entre los dedos

— Tenho medo de altura.

Interrompeu o silêncio que já durava um tempo. Fez-se silêncio novamente. Entreolharam-se. Ela normalmente desfazia-se de encarar os outros nos olhos. Havia algo em seus olhos. Doces melados esverdeados olhos de girassol. Não tinha porquê não olhar em seus olhos. Aliás, tinha vários porquês. E nenhum porquê que fizesse sentido. Era tudo confuso.

— Na verdade, não tenho medo de altura.

Just pretend it, babe.

Dadas as mãos. Fez-se silêncio e por que temer o silêncio ou tempo?

Maldita doçura essa sua.

Um diálogo não se faz em silêncio. Linguagem não-verbal. Olhos que falam por si só. Ventos que conspiram. Luz se apaga.

— Tenho... não tenho medo de escuro.

Dá-se mãos.

Maldita doçura essa nossa.

 


por Dani Takase às 05:00
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Domingo, 17 de Julho de 2011

µ

Tenho três minutos para eternizar o tempo.

Em breve 3h14min15seg e segue e eterniza e é infindo.

Mas o tempo não pára. E não respeita a matemática.

E um momento se eternizará. E é o tempo µ. 


por Dani Takase às 03:14
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Sábado, 9 de Julho de 2011

... de boulevards

Desculpem-me,

por ser essa cabeçuda, essa lunática.

essa ladina, ordinária.

oblíqua e dissimulada.

 

observação: a Lua estava bela.


por Dani Takase às 01:41
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... de prédios espelhados.

Observou. Contemplou toda a grandiosidade da cidade. Chegou a uma conclusão.
— Este lugar fede.

Era um desapontamento bom.


por Dani Takase às 01:31
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Segunda-feira, 4 de Julho de 2011

... de negro-café, estrelas-açúcar.

uma xícara de mundo,

com mais açúcar que café;

não lhe cabiam amarguras,

um céu negro-café

polvilhado de estrelas-açúcar.

doces e doçuras,

e lábios voluptuosos aproximam-se da grande xícara de mundo

e acabam por embebedar-se.


por Dani Takase às 05:16
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Domingo, 3 de Julho de 2011

... de açúcar mascavo

Ensimesmou-se.

Tinha ares de quem não se importava. Inabalável. Ostentava no rosto um riso, um gracejo. Não de quem se julga superior, mas ainda assim, de indiferença e desprezo.

Oblíqua e dissimulada, dizem.

Em tempos que todos a julgam com maus olhos, não parecia ofender-se, ainda que naturalmente hostil. Algo entre pedra e gelatina. Um pedaço de rapadura.

Doce, seu sabor estalava nos lábios de bons — e raros — apreciadores. Firme, demonstrava algo de insensível. Um devaneio contrastar o rústico e o sublime, uma coisa só.

O calor era tanto que fez-se derreter. De onde vinha o calor — intrínseco à sua vulnerabilidade, não se sabe. Derreteu. Mas o calor não era duradouro, nem eficiente.

Afastou-se. Fez-se frio.

Empedrou. Disforme, ainda que doce. Bela, ainda que disforme. E doce.

E, por fim, fim não seria amargo. Nem propriamente frio, nem acalorado. Nem doce. Indiferente.

Como um pedaço de rapadura.


por Dani Takase às 23:41
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