Segunda-feira, 27 de Fevereiro de 2012

III

esse pensamento

morreu -

como o relâmpago.

em tags:

por Dani Takase às 03:43
permalink | comentários | +fav
Sexta-feira, 17 de Fevereiro de 2012

2

formigas pelo corpo,

não estou morta,- só doce.

só ouse andar.

em tags:

por Dani Takase às 04:56
permalink | comentários | +fav

1

quem te viu
bem-te-vi
quem te vê.
em tags:

por Dani Takase às 04:24
permalink | comentários | +fav
Sábado, 11 de Fevereiro de 2012

Neruda ao chão

"Cuando yo decidí quedarme claro

y buscar mano a mano la desdicha

para jugar a los dados,

encontré la mujer que me acompaña

a troche y moche y noche,

a nube y a silencio."

 

Neruda foi ao chão.

Com sorte, sorriu para a chuva e escorreu pelos bueiros. Perfuma as fétidas águas da cidade, correndo os canos.

Com sorte, sacrificou-se aos pombos e saciou-os. Agora, corta o vento e segue voo até perder-se de vista. No final da digestão, palavras que escorrem no ombro duma roupa limpa.

Com sorte, derrete ao sol e morre aos poucos. Ora, não seria ainda morte um pouco de vida?

Com sorte, bons olhos pousaram sobre ele, tal como límpidos pensamentos e belos amores. Ilustra, então, uma paixão desenfreada. Sussurra-se ao pé do ouvido, baixo e pausado, sempre-sempre.

Com sorte, foi recolhido e trancado - nas mãos, no bolso, na gaveta, na garganta, no peito. Repousa, solene, em algum canto, encanto.

Com sorte (e que sorte), confundiu-se com outras juras. Entre milagres e falácias. Jurou, que sorte.

Com sorte, despertou um sorriso, desenterrou uma memória, um lampejo de deslumbre.

E (com sorte) alguém inventa agora uma estória.

 

Neruda foi ao chão.

Na noite, na nuvem e no silêncio.

Ella.

Matilde?, assim se chama?, sempre-sempre, aqui ou ali. Eternizou-se.

Talvez assim o poeta nunca morra. Tem qualquer pedaço de chão um pouco de eterno?

Assim, o poeta não morre.

(Chova ou troveje.)

Assim, o poema respira.

 

Por fim, silenciaremo-nos.

Gracias.

 

"(...)

ella, 

déle que déle,

lista para mi piel,

para mi espacio,

abriendo codas las ventanas del mar

para que vuele la palabra escrita (...)"


por Dani Takase às 17:50
permalink | comentários | +fav
Segunda-feira, 6 de Fevereiro de 2012

erre gere este angu

Sorriu,

nem por isso quis

sorrir.

 

Um gesto

indigesto,

infesto

tudo a posto

aposto

o gosto.

Gosto.

 

Um resmungo,

longo,

logo

um rasgo,

uma rusga,

uma ruga,

desgosto.

Desgosto.

 

e podia assim estar,

sorrindo.

De cabeça pra baixo

até cara feia

é sorriso.

 

ü

em tags:

por Dani Takase às 03:03
permalink | comentários | +fav

últimas fugas

OEDIPOUS

m.

coletânea de palavras sem...

Sé dulce, Septiembre

No porta-malas

Fortaleza

Solilóquios II - O Margin...

Maio 2013

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4

5
6
7
8
9
10
11

12
13
14
15
16
17

19
20
21
22
23
24
25

26
27
28
29
30
31


a farsante


descubra.

. 2 seguidores

toda a farsa:

Maio 2013

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

_

toda a farsa:

Maio 2013

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

pesquisar no em fuga -

 
RSS