Como dizem no sul, 'completei anos' anteontem. Não, eu não estou velhinha. Não ainda. Não o suficiente. Só vejo que daqui pra frente, nada é o mesmo. Já não sou a criancinha que ficava louca pelo aniversário para ganhar presentes e assoprar velinhas. Mas não posso dizer que me livrei das bexigas coloridas, não das singelas bexigas coloridas.
Daqui uns anos não haverá espaço no bolo para minhas velinhas. Meu medo é de não ouvir palavras sinceras nesse dia. A tecnologia só oculta a sinceridade, mas eu não caio mais nessa, eu não me importo com falsidade, eu também posso ser falsa. Sorrir falsamente, agradecer falsamente, e ,porque não, parabenizar falsamente.
Maturidade e responsabilidade à vista. Meu maior medo é de não suportar toda essa pressão.
Mais uma pequena apresentação: não diga pra mim que se importa se não se importar. Não me diga que sou importante, se realmente não sou. Não fale que me ame, só porque acha que é o que quero ouvir. As palavras sinceras são muito mais fáceis de se adequar.